ARLS GUARDIÕES DO TEMPLO N. 7061 

Origem

Origem

Maçonaria

 

A origem do Rito Escocês Antigo e Aceito é anterior à fundação da Grande Loja de Londres e Westminster, em 1721 (hipótese mais consistente, em relação ao marco convencionalmente aceito de 1717); deu-se em solo francês ao tempo da longa Revolução Inglesa do século XVII, mais especificamente em seus primórdios quando do experimento republicano liderado por Oliver Cromwell e do qual resultou o exílio dos membros da dinastia Stuart, em 1649, na França.

Trata-se da primeira manifestação maçônica, em termos rituais, havida em França, e é desse movimento “stuartista” que tiveram origem as primeiras Lojas francesas e que, após a restauração monárquica e com a fundação da Grande Loja de Londres, passaram a coabitar, na Inglaterra, com as Lojas submetidas àquela autoridade obediencial.

Até a generalização da autoridade desta Grande Loja, tem-se a razão pela qual as Lojas que praticavam o rito nascido nessa tradição francesa serem tidas como “Lojas Livres”, bem como seus membros chamados de “maçons livres”.

A expressão já existia quando da etapa de uma Maçonaria Operativa, congregando construtores de catedrais que, mestres de seu ofício, tinham franqueado livre trânsito pela Europa. Mas na condição de Maçonaria Simbólica, a expressão “maçons livres” passou a designar aqueles que praticavam o rito conforme sistematizado em França.

O Rito Escocês Antigo e Aceito ganhou forma institucionalizada a partir de 1758, com a organização dos vinte e cinco graus que compuseram o Rito de Héredom, consolidando-se em 1801 com a fundação, em Charleston, nos Estados Unidos, do que a historiografia especializada afirma ter sido o primeiro Supremo Conselho do mundo e que se ocupou, então, do Rito Escocês Antigo e Aceito.

Com isso, verifica-se que o dito “Rito Escocês”, em verdade, guarda pouca relação com a Escócia, senão indiretamente em razão da extensão do poderio dos Stuarts e suas redes matrimoniais; mas, sobretudo, por ter sido designado o 4º grau como o grau do “Mestre Escocês”, praticado pelo menos desde 1735.

A partir de então, como sistema, o seu funcionamento foi sendo ramificado por distintas Obediências: os Supremos Conselhos que normatizaram o rito, entre costumes e tradições que, em diferentes épocas e regiões, foram dotando-lhe de formas diversas apesar da mesma chancela: o Rito Escocês Antigo e Aceito, um dos mais praticado, entre centenas de ritos, pela Maçonaria de todo o mundo.

Contudo, é possível identificar, em meio à diversidade (não sendo incomuns as formas distorcidas do rito) uma certa unidade que lhe deram alguns documentos que podemos considerar fundamentais: a começar pelo Discurso do Cavaleiro de Ramsey, de 1738; a Constituição de 1762 e seus respectivos Estatutos, Institutos e Regulamentos Gerais; os Novos Institutos Secretos e Fundamentais, de 1786; os documentos alusivos ao governo do Supremo Conselho dos Inspetores Gerais, como Constituições, Estatutos e Regulamentos, quando de seu assentamento em 1786 e as resoluções do Congresso de Lausanne, de 1875.