Por uma Inteligência administrativa associada à orientação espiritual, compete ao Venerável Mestre, como primeira dignidade da Loj.·., guiar, orientar e programar os seus trabalhos. Sobre os deveres e obrigações do Venerável Mestre, temos dois planos de suas atribuições: o plano administrativo e o plano esotérico; portanto do seu protagonismo tanto como administrador geral da Loja, quanto como guia espiritual dos obreiros.
O exercício concomitante destas duas atribuições exige, antes do empenho nas tarefas requeridas para tal, a necessária sistematização dessas obrigações e sua organização no tempo preciso para a sua consecução. Mais ainda, para que se possa identificar as próprias incumbências a serem executadas, precede o diagnóstico da realidade tanto administrativa quanto aquela que concerne ao estado “espiritual” dos irmãos.
A tríade que se deve articular, para ambas as dimensões dos labores de um veneralato é, portanto: 1º) diagnóstico dos problemas; 2º) tarefas necessárias; e 3º) organização das tarefas no tempo.
A este esforço chamemos então de planejamento ou, melhor dizê-lo: plano de gestão. E é sempre de responsabilidade do Venerável Mestre o planejamento, a coordenação, a orientação e a fiscalização do cumprimento das ações necessárias tanto à saúde administrativa quanto espiritual da Loja.
Por sua vez, precede o exercício de elaboração de um plano de gestão a consulta aos irmãos do quadro a fim de identificar problemas e expectativas para uma recém-empossada gestão, bem como um relevante esforço de estudo dos nossos princípios, estatutos e leis, aos quais se somam as diretrizes do nosso Grão-Mestrado para o período respectivo, parâmetros que devem balizar o diagnóstico dos nossos problemas, as propostas de mudança e as respectivas formas de encaminhamento, visando o progresso permanente das nossas Lojas e de toda a Maçonaria.
Texto do Ir:. Rodrigo Medina Zagni (M:. I:.)